sábado, 1 de outubro de 2011

Hachikō




Um cão da raça akita, nascido a 10 de Novembro de 1923 . É lembrado pela sua lealdade ao seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, lealdade que perdurou mesmo após a morte deste.
Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até à estação de comboios de  Shibuya na proximidade, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão dos dois, que chegavam à estação de manhã e voltavam para casa juntos na noite, impressionava profundamente todos os transeuntes. A rotina perdurou até 21 de Maio de 1925; o professor Ueno sofreu um derrame súbito, durante uma reunião do corpo docente, e morreu.
Consta que na noite do velório, Hachikō, que estava no jardim, partiu as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a abandoná-lo.
Durante 10 anos seguidos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do comboio na estação, na esperança de se reencontrar com seu dono.




Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteria da estação de Shibuya, esta primeira estátua foi removida e derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em Abril de 1944. No entanto, em 1948, uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, numa cerimónia organizada em 15 de Agosto. Esta é a estátua que está ainda hoje na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular.
Na madrugada de 8 de Março de 1934, com 11 anos, ele deu o seu último suspiro numa rua lateral à estação de Shibuya. A duração total do tempo que ele tinha esperado pelo seu mestre, foi de nove anos e dez meses. A morte de Hachikō foi notícia das primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Foi declarado um dia de luto nacional.
Os seus ossos foram enterrados num canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele, finalmente, se reencontrasse com o mestre, por quem tinha ansiado tantos anos. A sua pele foi preservada, e uma figura empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.
Dia 8 de Abril é realizada uma cerimónia solene na estação de comboios, em homenagem à história do cão leal.




Em 1987, um filme japonês chamado Hachikô monogatari foi lançado e contava a história do famoso cachorro e do seu dono. Um recente filme, de origem americana, intitulado de Hachiko: A Dog's Story (2009), protagonizado por Richard Gere, que ajudou a popularizar a história do famoso cão no ocidente.



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